Teatro Glaúcio Gill
Praça Cardeal Arcoverde
Copacabana
Tragédia e conto de fadas, trash movie e paródia, Cymbeline, o Rei da Britânia, a menos montada das peças de Shakespeare, foi a escolhida pelo diretor Cesar Augusto para o espetáculo dirigido por ele no projeto CAL 35 anos. “Em Cymbeline,o Rei da Britânia (aqui rebatizada de Clash por meu parceiro-autor Francisco Ohana), Shakespeare se esmerou para homenagear a sua própria galeria de personagens memoráveis. Temos um pouco de tudo ( e um pouco mais): Otelo, Lady Macbeth, Iago, Hamlet, Julieta, Romeu, Pórcia, Rosalinda e outros tantos, que se apresentam novamente à sua semelhança e espelhamento, com direito a bruxarias e aparições divinais”, conta o diretor. É isso tudo que os espectadores vão poder assistir a partir do dia 25 de outubro, no Teatro Gláucio Gill (Secretaria de Cultura/FUNARJ).
Passada na Britânia pagã, na época da ocupação romana e do legendário Rei Cimbeline, a ação intensa - que inclui engodo, injustiça, desejo, voyeurismo, rapto, transformismo, mutilação, morte, ressurreição, intercessões sobrenaturais, reencontros, revelações inesperadas - e, sendo um romance, reconciliação, apresenta fortes componentes de contos de fadas, assim como no caso das outras três peças congêneres e contemporâneas; 'Péricles', 'O Conto do Inverno', e 'A Tempestade'.
A trama de Clash ou Cymbeline, o Rei da Britânia leva a uma espécie de antologia de momentos favoritos shakespearianos. Cymbeline é um rei fraco e amargurado que, instigado por uma rainha ambiciosa como Lady Macbeth, manda para o exílio Póstumo, com quem sua filha Imogênia havia casado em segredo, como Julieta. Na Itália, Póstumo encontra Iachmo ("Iaguinho"), que, invejoso de um amor tão puro, convence-o da infidelidade da amada. Seguem-se fantasmas, decapitações, guerras, irmãos perdidos reencontrados, com uma verve barroca que rivaliza com Titus Andronicus. “Uma novela, uma ficção histórica digna dos noticiários contemporâneos e afins, que ilumina questões necessárias para não sucumbirmos às sombras retrogradas da xenofobia, do machismo e do maniqueísmo entre tantas outras patologias sociais do nosso tempo”, garante Cesar Augusto..
William Shakespeare
Cesar Augusto
Beatriz Viégas-Faria
Bruce Gomlevsky
Maria Duarte
Russinho
Julia Bravo
Derô Martin
Felipe de Barros
Vinicius Fragoso
Ana Gaio
Rita Ariani
Pablo Henriques
Lucélia Pontes
Marcus Vinicius de Moraes
Naara Barros
Renan Fidalgo
Sonia Machado
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