Unidade CAL Glória . Sala G2
Rua Santo Amaro 44
“Deus quer que primeiro se lute. A oração é um acréscimo.”
Foi como um desafio que o diretor Marcelo Morato propôs à turma BT47 penetrar num drama épico, carregado de paixão e crítica social, onde a personagem é um verdadeiro ícone em nosso imaginário coletivo.
A encenação traz a força e a resiliência não-conformista de Joana D’arc com a intensidade de uma linguagem cênica que reúne elementos narrativos e ação intensa. Com uma abordagem contemporânea, a peça utiliza um vasto conjunto de recursos teatrais para traduzir as emoções e os conflitos internos da protagonista, assim como a dinâmica das batalhas e dos julgamentos que marcaram sua vida.
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Com a palavra, o diretor
“Joana D'Arc morreu na fogueira aos 19 anos em 1431, após uma jornada ímpar na história da humanidade. Camponesa, analfabeta e cheia de fé, dizia ouvir vozes de santos e anjos que a orientavam a salvar os franceses e libertar a França do jugo dos ingleses na Guerra dos Cem Anos. Sua participação não durou mais de dois anos, mas ela foi uma das figuras mais emblemáticas desse embate. (...) Quase cinco séculos depois de sua morte, Joana foi beatificada e canonizada na década de 20 do século passado.
(...) Ainda hoje, debate-se sobre quem foi Joana. Herética, bruxa, médium, esquizofrênica, lésbica, mártir cristã, diabólica, santa etc.
Foi uma das primeiras mulheres, não pertencente à aristocracia ou alta burguesia, a ser retratada e biografada. Num mundo, em que mulheres periféricas ocupam cada vez mais lugares de destaque na vida política e cultural, onde se sobressaem e se empoderam, vale a pena rever a trajetória relâmpago de Joana, e de como manipularam ou fantasiaram sobre sua existência e seu fim de vida.
Além dos biógrafos e historiadores, muitos dramaturgos e romancistas escreveram sobre Joana. Alguns deles me serviram de base para essa adaptação: Jean Anouilh, Bernard Shaw, William Shakespeare, Érico Veríssimo, Georges Bernanos, Paul Claudel, Bertolt Brecht, Friedrich Schiller, Phil Robbins e diversos outros.”
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Marcelo Morato
Jean Anouilh
Bernard Shaw
Bertolt Brecht
Paul Claudel
Friedrich Schiller
Phil Robins
Marcelo Morato
Clarisse Lopes
Luciana Bicalho
Ana Boeckel
Caetano Moraes
Renata Machado
Marcelo Morato e Turma BT47
Criação Coletiva
Estevão Veloso
Marcelo Morato
Caetano Moraes
Rita Ariani
Sônia Machado