INSETOS

de Jô Bilac
direção Cesar Augusto

03 A 08 MAIO
sex 20h . sáb a qua 18h e 21h

Unidade CAL Glória

Espaço Sergio Britto

“Não é sobre o mais forte, é sobre o mais resistente, é lei da natureza.”

Invertebrados, rastejantes ou voadores. Borboleta, mosquito, barata, gafanhoto, mosca, cigarra, formiga! Bichos que vivem em complexas sociedades e aprenderam a sobreviver em condições adversas. É a partir da fábula criada por Jô Bilac, um dos grandes nomes na atual dramaturgia brasileira, que a Turma TEC-M criou seu espetáculo de formatura.

A peça propõe uma trama bem humorada onde a polifonia e o farfalhar dos diferentes insetos refletem as intrincadas questões da vida contemporânea e seu colapso sempre iminente, trazendo para cena as angústias e os dilemas humanos.O diretor Cesar Augusto, nosso parceiro de longa data, lidera o elenco nesta montagem. Ao longo do processo de concepção cênica, a pesquisa corporal e vocal para a construção de personagens inusitados foi o cerne do trabalho. Agora, esperamos ver os insetos no palco.

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Com a palavra, o diretor.

“(...) essa é a nossa peça, cheia de perguntas, humanidade e, claro, insetos, um bando deles, delas…. Um universo à parte, um planeta INSECTA - um mosaico de cenas, conectadas por uma fábula que escapa aos olhos nus! Uma visão ampla, confusa e giratória, que nos desafia em todas as direções. Uma busca por respostas razoáveis ou ponderáveis, diante do que, à primeira vista, parece apenas uma coleção de remendos que não conseguem conter a avalanche de justificativas que pairam sobre nós, confundindo o horizonte, onde tudo está seco, árido e desmoronando aos poucos, ameaçando nossas existências famigeradas, em um caminho que precisa encontrar uma saída, mesmo que seja apenas na ficção, nas histórias da carochinha, nos discos coloridos que nos fazem escapar da realidade.

(...) Mas também há belezas nisso tudo, há nascimentos, maturidades, sonhos, amizades, amor, e uma barata nunca está sozinha. A natureza ainda é sábia, mesmo com o céu ameaçando desabar sobre nossas cabeças, sem freio, a qualquer momento!

(...) O teatro, a arte, nasceu como uma resposta a isso tudo, dançando e se mexendo para duvidar dessa realidade imposta, abrindo janelas, portas, corredores e pensamentos que precisam encontrar as fissuras para deixar a água entrar e escorrer pelos riachos que trazem o sabor da vida, cheia de néctar e mel, produzidos pela mãe de todas as coisas!

Então, vamos levar nossa folhinha nas costas, descobrir nossa aldeia de vaga-lumes, pular na dança das pulgas solidárias, como baratas voadoras, guerrilheiras solitárias, e rir, se emocionar, cantar, ouvir, deixar correr solto o que a gente quiser, porque qualquer faz de conta a gente apronta... seja no nirvana ou na hecatombe de nossas existências. Afinal, estamos repletos de VIVAS!(...)”

Cesar Augusto
Diretor, ator e co-fundador da Cia. dos Atores