Galpão Gamboa
Rua da Gamboa . 279
Formado na CAL há exatos 20 anos, o ator e diretor Bruce Gomlevsky recebeu o convite para dirigir uma das 7 montagens comemorativas dos 35 anos da Casa Das Artes de Laranjeiras com imenso entusiasmo.O texto escolhido por ele foi Tito Andrônico, de William Shakespeare que estreia dia 24 de outubro no Galpão Gamboa.
A experiência de dirigir um espetáculo com uma nova geração de atores com todo seu frescor e energia, traz ao mesmo tempo a Bruce a possibilidade de exercitar, experimentar e aprofundar a função de diretor teatral. “Quis propor ao elenco que montássemos algo que os desafiasse, que fosse fora do lugar comum, que os tirasse da zona de conforto e que se revelasse um exercício eficaz no que concerne o trabalho investigativo e criativo do ator. Sugeri à turma que montássemos algo de Shakespeare. Escolhemos "Tito Andrônico" com toda sua complexidade e atualidade. No mínimo estaremos realizando um magnífico exercício. Shakespeare nos ensina muito como seres humanos e como atores. Shakespeare é sempre pedagógico. Eterno. Nos apaixonamos por "Tito", grande sucesso de público à época elizabetana e esperamos conseguir tocar os espectadores de hoje, com este instigante texto, que ao longo dos últimos séculos vem comovendo plateias em todo o mundo”, exlica o diretor.
Violenta, perturbadora e profundamente negra,Tito Andrônico (Titus Andronicus, no original) é uma obra onde a vingança e o ódio são razão de loucura e morte. Considerada a mais sangrenta obra de Shakespeare, a peça tem uma intensidade sinistra e tenebrosa, onde todo o sofrimento é agravado e toda a súplica se torna vã. E é isso que faz de Tito Andrônico uma obra tão marcante.
Na trama, Tito Andrônico, um poderoso general da Roma Antiga, volta triunfante da guerra contra os godos. No entanto, se recusa em se tornar imperador e as sucessivas mortes decorrentes da disputa pelo trono desencadeiam uma onda de vingança sem fim. As cenas por vezes chocantes de decapitações e mutilações, além de um estupro e de uma cena de canibalismo involuntário, fazem desta uma das mais violentas peças shakespearianas. Essa crueldade exacerbada tem causado forte reação nas platéias ao redor do mundo, como ocorreu em uma das montagens mais famosas do texto - feita por Peter Brook em 1955 -, na qual uma ambulância ficava fora do teatro para socorrer os espectadores que passavam mal.
William Shakespeare
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