Sim, você sente, fica trêmula por dentro, se emociona e nada acontece…

A platéia está lá para experimentar seus pensamentos e sentimentos, sua força e sua fúria, e, guardados a sete chaves, você nada mostra.

Como sabemos, para cada gênero, uma maneira de se apresentar.

Pensei então na Farsa, onde você exterioriza tudo de modo a criticar, fazer pensar.

Bertolt Brecht usou o método de Stanislawski, a presença e a verdade, para poder chegar de modo expositivo seu pensamento, quase sempre político.

Pensei em um processo de duas peças farsescas para você poder explorar movimentos e gestos grandes e exagerados… Talvez seja mais fácil conseguir o realismo teatral que tanto queremos por essa rota.

Um grupo, pulsando, trocando idéias e se libertando do medo.

Usaremos para esse empoderamento a técnica de Alexander Tecnique, treinaremos corpo e voz.

Usaremos duas farsas: “O doente Imaginário”, de Moliére e “O auto da compadecida”, de Ariano Suassuna.

Para finalizar, trabalharemos com “A Gaivota”, símbolo do Realismo, de A. Tchecov.

Uma Gaivota moderna, com forte presença do ator e… teatralidade.

Chamo a todos pra brincar com a farsa, escolhi duas comédias para tornar o drama mais impactante e ousado.

Procuro, percebo, experimento e daí posso ter uma grande interpretação.

Observo a mim e ao outro. Ganho técnica, estudo e leio.

Vamos expandir nosso caminho?